Porque razão havemos de cansar a pobre da cegonha, havendo outros meios de transporte????

"Mãos que prestam"

"Mãos que prestam" é o título de um livro que anda lá por casa já há alguns anos. Comprado pela minha Mãe, o livro sempre foi "interesante", para nós. Continha algumas "habilidades misteriosas"! Mas acho que as páginas mais cobiçadas, pelas três mulheres lá da casa, sempre foram aquelas onde continha o pudim caseiro, o bolo de nozes, o bolo podre... também tinha sopas, molhos! A justificação para as manchas nessas páginas...

O livro, com poucas páginas, é dedicado às mulheres Donas de Casa!!!! Contém dicas para todos os serviços reservados às donas de casa, desde a culinária, já citada, até à bricolage, passando pelas manchas na roupa e costura! Completo!!

A verdade é que não acredito que nenhuma das três mulheres, desde a minha Mãe às filhas adolescentes, tenha visto ou olhado para o livro dessa forma, passou-nos ao lado, passo a expressão!!

o incentivo lá em casa foi sempre arranjar emprego, estabilidade na vida, ser independente!

p.s.Anda um video a circular pelos e-mails que se intítula: Alwayls Watching! uma chamada de atenção a Pais, Educadores... para tudo aquilo que fazemos em frente às crianças elas vão repetir! comportar-se-ão assim no futuro. No final diz: Children are Always watching, Make your influences positive!!

Acho que estas foram positivas!!!

"Saturno na Casa 7
Saturno estava na Casa 7 no momento de seu nascimento. No trato com as pessoas, você é muito cautelosa e busca devagar a segurança. O meio será um fator de restrição na sua vida: as mesmas limitações que atrapalham o seu relacionamento com as pessoas se apresentarão aqui como resistência às suas ideias e emoções. Isso indica que o segredo para um desenvolvimento mais espiritual e material está na sua reação a diversas provas que lhe exigirão paciência e resistência às dificuldades nos relacionamentos humanos."

...ser às vezes um pouco agressiva e impulsiva
...há em você uma certa preguiça
...Você tem muita energia criadora que necessita de expressão




Não creio muito em previsões e horóscopos, mas por vezes, parece-me acertarem alguma coisita. Apesar do discurso papagueado e sempre, muito, copy paste!!

que seria da imagem sem os apetrechos decorativos!

Apesar do tempo ser de época festiva, por cá continua azedo. digo mais, azedo e ácido!!!
É daquelas alturas em que não apetece mesmo esboçar um sorriso ou ser simpático com alguém!
Ele há dias assim!
A Mascara deveria ser posta?!! A verdade é que não apetece tirar a que está neste momento para colocar uma outra!!
Bom Carnaval

Hoje sinto-me azeda...

Dia de S.Valentim

Rosas encarnadas são fatais como o destino.

"Quando a vi pela primeira vez não tive qualquer dúvida: ela seria a mulher da minha vida...
O tempo foi passando e ficámos amigos.
Bom, decidido a tê-la como namorada, elaborei um plano que seria esmagador e o mais romântico dos românticos. Comprei flores pela primeira vez na vida. Escondi-as no Alto da Mãe de Deus, sítio mais alto da cidade de Ponta Delgada, um fantástico e romântico miradouro, e convencia a ir lá em passeio. Vou-me finalmente declarar, dizendo que a quero como verdadeira namorada, que gostaria de andar de mãos dadas com ela pela escola e pela cidade, dizer a todos que é minha e eu dela. Tudo culminaria com a oferta das flores escondidas.
O dia estava radioso e cheirava bem. Fomos lanchar juntos e eu estava tão inspirado que até contava anedotas com princípio, meio e fim que a faziam rir sem parar. Tudo estava a dar certo. Começámos a subir para o miradouro, quando o tempo mudou. Começou com um ventinho frio e com o início de um chuvisco. Para cúmulo, fomos seguidos por uma matilha de cães, cerca de quinze. Amistosos, é certo, mas iam atrás de nós para todo o lado. Terá sido pelo perfume novo que usei? A chuva apertava, eu tentava apressar o passo, os cães atrás. Ela queria desistir do passeio.
-Não, espera! Tenho uma coisa a dizer-te...- e atravessei a rua. Fui atropelado! Pum-catra-pum! Meus Deus! Estava a ir pelos ares e a pensar «O destino f.d.p.!» Ela correu para mim e perguntou-me baixinho:
- Que coisa querias dizer-me?
Respondi-lhe, em grande dificuldade:
- Leva-me ao hospoital.
E desmaiei...
A vida continuou, o destino também... Fatal como sempre. Terminou a escola e seguimos percursos diferentes, cada qual para seu lado e nunca mais nos vimos.
Quem for ao Alto da Mãe de Deus, se procurar bem, vai achar as minhas flores. Eram rosas encarnadas, fatais como o destino."

Texto retirado do livro: "Histórias Devidas"- Antena 1 e Produções Fictícias, Edições ASA.

P.S. Para os tipicos portugueses, que deixam sempre as suas compras para a última da hora, talvez consigam encontrar o ramo esquecido!!!

"Não é a montanha que nos faz desanimar, mas a pedrinha que trazemos no sapato."
(Autor desconhecido)

Parar o Tempo

Antes parar o tempo que parar no tempo

talvez

Reflete toda a nossa vida

Aumenta o maior dos sonhos

A procura de um futuro

Que nao vem nos jornais

E assim da uma nova vida

A um gato que ja gastou sete

Ninguem ve a luz do tunel

Sem olhar a cor do mar(Chorus)Azul!

A cor azulO ceu do mundo

Uma luz para nos salvar

Nao importa sol ou sombra

Nao importa o preto e branco

Que os meus sonhos sao as cores

Todas juntas numa so Oh,azul

A cor azul

Vai-nos salvar

Vai-nos guiar, iluminar

Quero ver o teu olhar azul

A brilhar no meu caminho

Quero ver o teu sorriso azul

Quero ser o teu golfinho

Hoje apeteu-me ouvir Delfins. Deu-me pra isto, não sei se foi do mar ou de ter falado da teoria da cor...

Há criaturas e criaturas!

Umas, que não é o caso desta, desconfio que andam neste mundo por verem andar os outros!

Tão civilizados que

nós somos!!!

porque o carnaval se aproxima...

...

Fiz de mim o que não soube

E o que podia fazer de mim não o fiz.

O dominó que vesti era errado.

Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.

Quando quis tirar a máscara,

Estava pegada à cara.

Quando a tirei e me vi ao espelho,

Já tinha envelhecido.

Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.

Deitei fora a máscara e dormi no vestiário

Como um cão tolerado pela gerência

Por ser inofensivo

E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

...

Álvaro de Campos

Adiamento

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã…

Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,

E assim será possível; mas hoje não…

Não, hoje nada; hoje não posso.

A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,

O sono da minha vida real, intercalado,

O cansaço antecipado e infinito,

Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico…

Esta espécie de alma…

Só depois de amanhã…

Hoje quero preparar-me,

Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte…

Ele é que é decisivo.

Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos…

Amanhã é o dia dos planos.

Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;

Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã…

Tenho vontade de chorar,

Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro…
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.

Só depois de amanhã…

Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.

Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância…

Depois de amanhã serei outro,

A minha vida triunfar-se-á,

Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático

Serão convocadas por um edital…

Mas por um edital de amanhã…

Hoje quero dormir, redigirei amanhã…

Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?

Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,

Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo…

Antes, não…Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.

Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.

Só depois de amanhã…

Tenho sono como o frio de um cão vadio.

Tenho muito sono.

Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã…

Sim, talvez só depois de amanhã…
O porvir…

Sim, o porvir…

Álvaro de Campos

será

que Comer não é um círculo, ciclo, vicioso?

Pergunto eu, bá!!!

segunda-feira

não há sábado sem sol, domingo sem missa e segunda sem preguiça!

“Se há um Deus
Que te aprova
Esse Deus
Não me assiste

Um de nós
É a prova
de que Deus
não existe”



(”Instantes-1-“,David Mourão-Ferreira do Livro Os Ramos/Os Remos, pág.48, Areal Editores, 1985)

“ No meu princípio está o meu fim.
...
O que chamamos o princípio é muitas vezes o fim
E terminar é começar.
É do fim que nós partimos. “



(Poema de T. S. Eliot, do livro “Quatro Quartetos”, página 79 Edições Ática, 1983)

Diferente prespectiva

para ver o Presépio