sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
the night...blue
(fotos-ilha das flores- stª Cruz-porto das poças-2007)
Sempre que olho para estas fotos, lembro sempre a música dos morphine, the night. Aqui fica a letra...
you're the night, Lilaha little girl lost in the woods
you're a folktale
the unexplainable
you're a bedtime story
the one that keeps the curtains closed
I hope you're waiting for me
cause I can't make it on my own
I can't make it on my own
it's too dark to see the landmarks
and I don't want your good luck charms
I hope you're waiting for me across your carpet of stars
you're the night, Lilah
you're everything that we can't see
Lilahyou're the possibilityyou're the bedtime story
the one that keeps the curtains closed
and I hope you're waiting for me
cause I can't make it on my own
I can't make it on my own
sweet-ass sax solo
unknown the unlit world of old
you're the sounds I've never heard before
off the map where the wild things grow
another world outside my door
here I stand I'm all alone
driving down the pitch black road
Lilah you're my only home
and I can't make it on my own
you're a bedtime story the one that keeps the curtains closed
I hope you're waiting for me
cause I can't make it on my own
I can't make it on my own
"the night" MORPHINE
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
No percurso da vida...nas folhas amachucadas...
...há encontros, desencontros e alguns encontrões.
Poema em linha recta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possiblidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.
Álvaro de Campos